I Mulherio das Letras – Portugal: 7 a 10 de março de 2019
O 1º MULHERIO DAS LETRAS PORTUGAL será realizado na Universidade Nova de Lisboa e no Palácio
Baldaya, entre os dias 7 e 10 de março, organizado por Beth Olegário, Naomi
Alfieri e Adriana Mayrinck.
O
encontro tem como principal objetivo a promoção e integração entre escritoras,
pesquisadoras, jornalistas, editoras, livreiras, tradutoras, produtoras,
compositoras, designers, historiadoras e outras profissionais, propondo a discussão
de questões da mulher nas áreas da literatura, arte e cultura.
Com a participação de escritoras portuguesas como Maria Teresa Horta, Lídia Jorge, Maria João Cantinho, a angolana Ana Paula Tavares, o encontro conta também com a presença de autoras brasileiras que moram no Brasil, Alemanha, Suíça e Bruxelas.
Para encerrar o encontro, será lançada as antologias Mulherio das Letras Portugal, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher com mais de 120 autoras brasileiras e portuguesas, entre Poesia, Prosa e Conto, coordenada e produzida pela In-Finita.
Com a participação de escritoras portuguesas como Maria Teresa Horta, Lídia Jorge, Maria João Cantinho, a angolana Ana Paula Tavares, o encontro conta também com a presença de autoras brasileiras que moram no Brasil, Alemanha, Suíça e Bruxelas.
Para encerrar o encontro, será lançada as antologias Mulherio das Letras Portugal, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher com mais de 120 autoras brasileiras e portuguesas, entre Poesia, Prosa e Conto, coordenada e produzida pela In-Finita.
Além
das mesas de discussão e palestras, haverá espaços para divulgação de música e
livros. Entidades em apoio a mulher imigrante, afro - descendentes, mulheres
ciganas e mulheres com cancro, participam também do evento.
O Mulherio das Letras, criado em 2017, é um coletivo
feminista literário, idealizado pela escritora Maria Valéria Rezende,
diretamente interessado na expressão pela palavra escrita e oral, com adesão de
mais de seis mil mulheres brasileiras residentes no Brasil e no exterior.
Adriana Mayrinck (In-Finita), após a participação de 42
autoras do Mulherio das Letras Brasil e Europa na II antologia do projeto
Conexões Atlânticas Brasil/Portugal, lançado em Lisboa, no Palácio Baldaya em
março de 2018 e em várias cidades brasileiras, criou o grupo Mulherio das
Letras Portugal, vinculado ao movimento
Mulherio das Letras no Brasil com a intenção de promover, divulgar e criar
oportunidades de encontros sejam eles, tertúlias, saraus, oficinas, feiras,
workshops, festivais, clube do livro/ circulo de leitura, antologias, etc, em
ações colaborativas para dinamizar e fortalecer o encontro entre autoras do
Brasil e de Portugal e dos países lusófonos.
1.º Mulherio
das Letras – Portugal
INSCRIÇÃO e INFORMAÇÕES:
http://www.cham.fcsh.unl.pt/ac_actividade.aspx?ActId=852
http://www.cham.fcsh.unl.pt/ac_actividade.aspx?ActId=852
7
e 8 de Março | Universidade Nova Lisboa (NOVA FCSH- CHAM)
Coordenadora Geral: Beth Olegário
Comissão organizadora: Beth Olegário e Naomi Alfieri
9 e 10 de Março | Palácio Baldaya
Organizadora: Adriana Mayrinck (In-Finita)
Apoios:
- Associação dos Escritores
Portugueses
- In-Finita
- MBOOKS
Organização:
- CHAM / FCSH/NOVA | UAc
- PALÁCIO BALDAYA|IN-FINITA
I Mulherio das Letras — Portugal
Programação
Dia 07 de Março de 2019
NOVA FCSH — Edifício ID, Salas Multiusos 2
e 3
9h00 - Pássaro Palavra: Pocket show com a
cantora, portuguesa, Susana Travassos.
• Susana Travassos,nascida em
Faro, Portugal, e aos 18 anos, muda-se para Lisboa, onde inicia os seus estudos
em psicologia e segue seus estudos de música, teatro e dança. A carreira como
cantora vai ganhando mais expressão e impõe-se quando, em 2008, lança o seu
primeiro CD solo, “Oi Elis”, em homenagem a uma das maiores cantoras
brasileiras, Elis Regina. Participou do projecto Sotaques Paulistas e
apresentou no Sesc Pompeia ao lado de Zeca Baleiro, Fortuna e a banda Karnak.
Ao longo de 7 anos, Susana Travassos estabelece-se no mercado brasileiro e
apresentou-se nos mais prestigiados projetos e salas de espetáculos e em
cartaz, ao lado de artistas como Milton Nascimento, Renato Braz, Carminho,
António Zambujo, Maria João e Mário Laginha. Em 2013 lança o segundo disco
“Tejo-Tietê”, alvo de excelentes críticas por parte da imprensa, em parceria
com o compositor e guitarrista Chico Saraiva e produzido por um dos maiores
guitarristas do Brasil, Paulo Bellinati. Entre gravações e concertos, Susana
canta ao lado de músicos como Chico César, Zeca Baleiro, Toninho Horta, Chico
Pinheiro, Renato Braz, Ná Ozzeti, Gabriel Grossi, Chico Saraiva, Alexandro
Gismonti e Jean Charnaux.
9h30 – 10h00 - Coffee Break (oferecido pela
Associação Portuguesa de Escritores)
10h00 às 12h00 - Mesa de Abertura: A Mulher e a Palavra.
• Ana Margarida de Carvalho, jornalista e
escritora. Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, o seu
primeiro romance Que Importa a Fúria do Mar valeu-lhe o prémio APE 2013. O
mesmo livro foi finalista nos mais prestigiados prémios relativos à data de
edição. Tem reportagens, contos e poemas espalhados por várias publicações e
coletâneas e um livro infantil chamado A Arca do É, com o ilustrador Sérgio
Marques. Não se Pode Morar nos Olhos de um Gato é o seu segundo romance, foi
considerado livro do ano 2017, nomeado pela SPA, e vencedor do Prémio Manuel
Boaventura.
• Isabel do Carmo
é médica e activista política portuguesa. Foi dirigente da Ordem dos Médicos
1972. Licenciou-se, doutorou-se e agregou-se em Medicina, pela Faculdade de
Medicina da Universidade de Lisboa. Coordenou o Estudo de Prevalência da
Anorexia Nervosa nos Distritos de Lisboa e Setúbal. Foi fundadora da Sociedade
Portuguesa de Endocrinologia[4] e da Sociedade Portuguesa de Diabetologia e
fundadora da Sociedade Portuguesa para o Estudo da Obesidade. Iniciou a sua
carreira como médica assistente do Hospital de Santa Maria, sendo hoje
Professora Associada com Agregação da Universidade de Lisboa.Exerceu funções de
investigadora na Universidade de Lisboa e na Fundação para a Ciência e
Tecnologia FCT.Foi militante do PCP durante a sua juventude e anteriormente ao
25 de Abril de 1974. Fundou e dirigiu o Partido Revolucionário do Proletariado
e as Brigadas Revolucionárias(PRP-BR), dirigiu o jornal Revolução : porta-voz
do Partido Revolucionário do Proletariado - Brigadas Revolucionárias e foi uma
das figuras mais destacadas do Processo Revolucionário em Curso (PREC). Foi
detida e presa diversas vezes pela PIDE/DGS e em 1978 por alegado envolvimento
em diversos crimes incluindo assaltos a dependências bancárias. Esteve presa
durante um período de cerca de quatro anos sendo posteriormente absolvida.
Negou sempre a participação em ataques bombistas durante o PREC.
• Lídia Jorge,
romancista e contista portuguesa. Nasceu em 1946, no Algarve. Viveu os anos
mais conturbados da Guerra Colonial em África. Foi membro da Alta Autoridade
para a Comunicação Social. É professora do ensino secundário e publica
regularmente artigos na imprensa. O tema da mulher e da sua solidão é uma
preocupação central da obra de Lídia Jorge, como, por exemplo, em Notícia da
Cidade Silvestre (1984) e A Costa dos Murmúrios (1988). O Dia dos Prodigíos
(1979), outro romance de relevo, encerra uma grande capacidade inventiva,
retratando o marasmo e a desadaptação de uma pequena aldeia algarvia. O Vento
Assobiando nas Gruas (2002) é mais um romance da autora e aborda a relação
entre uma mulher branca com um homem africano e o seu comportamento perante uma
sociedade de contrastes. Este seu livro venceu o Grande Prémio de Romance e
Novela da Associação Portuguesa de Escritores em 2003.
• Maria Teresa Horta,
escritora e jornalista nascida em Lisboa em 1937. Frequentou a Faculdade de
Letras da capital, tendo pertencido ao grupo de Poesia 61 e colaborado em
diversos jornais e revistas. Foi dirigente do ABC CineClube e militante ativa
nos movimentos de emancipação feminina. Estreou-se com o livro de poesia
Espelho Inicial (1960). Dedicou-se igualmente à ficção, tendo publicado, entre
outros títulos, Ambas as Mãos sobre o Corpo (1970). Em 1972 foi uma das autoras
das polémicas Novas Cartas Portuguesas (com Maria Velho da Costa e Maria Isabel
Barreno), obra que suscitou um processo judicial pela sua natureza
transgressora em relação à tradição patriarcal dominante.
Almoço livre
14h00: Show com Maria Anadon São quase 20 anos de
carreira.
• Maria Anadon possui quatro álbuns de
jazz. Actuado um pouco por todo o mundo, já cantou nos Estados Unidos, Japão,
Irlanda, Itália, Angola e Índia e naturalmente nas principais salas e festivais
portugueses. .Desde a sua fundação em 2009, o projecto Vozes3, juntamente com
Maria João e Maria Viana. Gravou o seu primeiro CD em 1955, “Why Jazz?”,
acompanhada pelo quarteto feminino norte-americano Unpredictable Nature. Em
1998, grava “Cem anos”, que se baseia na recriação de temas que serviram de
banda sonora ao Cinema Português. Em 2006, Maria Anadon edita, pela
norte-americana Arbors Records, o seu terceiro álbum a solo, “ A Jazz Way|,
acompanhada pelas norte-americans Five Play. Atualmente, além da sua carreira
solo, tem actuado ao vivo apresentando o seu projeto “Recantos da Alma”,
baseado em aproximações jazzísticas a canções de autores de expressão
portuguesa.
14h30 -16h00: Segunda mesa: A Mulher e a Imprensa
• Sandra Monteiro (Diretcora do Le Monde
Diplomatique .Ed. Portuguesa) - "A imprensa ainda tem género? Para uma
crítica feminista da imprensa"? Directora da edição portuguesa da
publicação Le Monde Diplomatique desde 2005, além de jornalista é também
licenciada em História pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da
Universidade Nova de Lisboa, onde concluiu também dois anos da parte curricular
do mestrado em História Medieval.
• Socorro Pacífico
Barbosa (UFPB/CNPq) - O papel da imprensa na sociedade patriarcal
brasileira: a mulher nos séculos XIX e XXI. Possui graduação e mestrado em
Letras pela Universidade Federal da Paraíba e doutorado em Literatura
Brasileira pela Universidade de São Paulo. Atualmente é Titular da Universidade
Federal da Paraíba, bolsista de produtividade e pesquisa do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Tem experiência na área de Letras,
com ênfase em História da Literatura, atuando principalmente nos seguintes
temas: história cultural luso-brasileira dos séculos XVIII e XIX; jornais e
periódicos luso-brasileiros do séculos XVIII e XIX e história da leitura.
Também se interessa e atual nas áreas da literatura infanto-juvenil, do ensino
da literatura e da psicanálise.
• Elizabeth Olegário
Bezerra da Silva (CHAM / NOVA FCSH-UAc) - As Mulheres nos Suplementos
Portugueses na Década de 1950. Licenciada em Letras Português e Literaturas
pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).Mestra em Comunicação e
Culturas Mediáticaspela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e doutoranda em
Estudos Portugueses: Área de Especialidade: História do Livro e Crítica Textual
-Universidade Nova de Lisboa (UNL).Integra o Grupo de Investigação:Leitura e
formas de escrita vinculado ao Centro de Humanidades (CHAM -UNL). atuando
principalmente nos seguintes temas: história cultural luso-brasileira dos
séculos XX; Suplementos literários luso-brasileiros.
• Fátima Ribeiro de
Medeiros (IELT, FCSH, NOVA) – “Ana de Castro Osório, Editora” docente e
investigadora literária. Tem realizado atividades de investigação
maioritariamente em literatura portuguesa dos séculos XX e XXI e sobre o
feminismo do início do século XX, nomeadamente sobre a obra e ação de Ana de
Castro Osório. Entre os diversos textos de que é autora contam-se: Do Fruto à
Raiz, livro onde analisa a produção infantil de raiz tradicional de Ana de
Castro Osório (2003); “Livrarias e património”, artigo da revista Cultura,
Revista de História e Teoria das Ideias (Vol. 32/2013, II Série), editada pelo
Centro de História da Cultura, da Universidade Nova de Lisboa; “Sidónio Muralha,
andarilho de sonhos e de esperança entre duas pátrias”, na revista Livro,
Revista do Núcleo de Estudos do Livro e da Edição (n.º 4, novembro, 2014),
editada pela Universidade de São Paulo, Brasil; “Caminhos da Ilustração
Portuguesa do Livro para Crianças e Jovens”, na revista Românica – Paratexto,
nº.18, 2009, do Departamento de Românicas da Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa; “Ana de Castro Osório, uma mulher de causas e
convicções”, integrando o volume de atas do colóquio Estudos Locais do Distrito
de Setúbal, 2011, editado pelo Instituto Politécnico de Setúbal.
16h00– 16h30: Coffee Break
• Maria Schtine Viana
(UNL) - A potência do feminino na obra Corpo de Baile, de João Guimarães Rosa,
é brasileira e atualmente vive em Lisboa. Bacharel em Letras
(Português-Francês) pela FFLCH-USP e Mestre em Culturas e Identidades
Brasileiras pelo Instituto de Estudos Brasileiros da Universidade de São Paulo
(IEB-USP), atualmente é doutoranda no Departamento de Estudos Portugueses da
FCSH da Universidade Nova de Lisboa, onde desenvolve investigação sobre a obra
de João Guimarães Rosa. Trabalhou durante duas décadas como editora de obras
literárias e didáticas nas editoras Scipione, Saraiva, FTD e DCL, em São Paulo.
É autora dos livros Silêncios no escuro, História e Geografia do Nordeste, Um
estudo sobre as obras clássicas de viagens e aventuras, Um estudo sobre a
fábula e os contos de fadas, Asa da palavra: Literatura oral em verso e prosa,
entre outros. Assina a organização e tradução da obra Contos de Guy de
Maupassant e organizou as antologias A poesia do nome, Histórias de bichos e
Histórias de imigrantes. Algumas de suas obras foram aprovadas em programas de
educação e cultura do governo brasileiro, como PNBE (Programa Nacional
Biblioteca na Escola) e PNLD (Programa Nacional do Livro Didático). As suas
publicações em livros e revistas na área dos Estudos Brasileiros
incluem
ensaios sobre Aluísio Azevedo, Machado de Assis, Guimarães Rosa, entre outros.
• Susana Vieira
(UNL/IELT) - Penélope urdia, Maria Velho da Costa desfazia — Quando a malha do
texto cai. Doutoranda em Estudos de Literatura (Faculdade de Ciências Sociais e
Humanas da Universidade Nova de Lisboa) e investigadora integrada do Centro de
Literaturas e Culturas Lusófonas e Europeias (Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa), trabalhando atualmente num projeto de edição crítica
de escritores portugueses e brasileiros (1871-1931), com Vania Chaves. No
âmbito do seu interesse investigativo (Estudos Literários), tem artigos e
capítulos de livros publicados. Fora da “academia” dedica-se profissionalmente
à edição, sendo revisora literária em várias Casas Editoriais, e ao projeto
“Gerador”, colaborando na promoção do atual panorama artístico, nomeadamente
nas áreas do teatro, das artes plásticas, do cinema, da música, da dança, da
literatura, das formas híbridas de arte.
• Joana Tomé
(Belas-Artes ULisboa- CIEBA)- Percursos do Feminino pela História da Arte.
Investigadora, ensaísta e ilustradora. É licenciada em Escultura pela Faculdade
de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2007-2010). Mestre em Ciências da
Arte e do Património, no domínio científico de Teoria da Arte, pela Faculdade
de Belas Artes da Universidade de Lisboa (2010– 2012) e Doutora em Belas Artes,
vertente Ciências da Arte, pela Faculdade de Belas- Artes da Universidade de
Lisboa.
Exposição: “Umas
pelas outras” - (João Luís Lisboa e Elizabeth Olegário)
Dia 08 de Março de 2019NOVA FCSH — Edifício ID, Salas Multiusos 2 e 3
9h00:
Show de abertura - Camila
Masiso
• Camila Masiso
é uma intérprete potiguar da música popular brasileira. Antes de iniciar sua
carreira solo seguindo o referido gênero musical, Camila integrou formações de
bandas de pop rock da capital norte-riograndense como Base Livre, Lado B e
Tricor. Nesta última houve Uma proposta de realização de um projeto
experimental de música brasileira, o qual foi responsável por unir a cantora ao
estilo popular nacional em suas apresentações. “Eu me encontrei como cantora
nesse estilo, através de uma nova linguagem. Ele pede outra postura, uma nova
colocação no palco” disse, lembrando que o público também parece preferir a
novidade, quando vai ao seu encontro comentar a mudança, dada também pela
influencia de artistas que Camila costuma ouvir. Gal Costa, Maria Betânia, Caetano
Veloso, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Paulinho da Viola são seus preferidos e
é pensando neles que Camila faz seus estudos, se colocando a boa música como um
“desafio constante”. Atualmente, Camila Masiso possui um álbum de estúdio
chamado "Boas Novas", com nove canções inéditas contando com a
participação de músicos regionais como Diogo Guanabara, Henrique Pachêco e
Rogério Pitomba, entre músicas já na boca do público como "O Amor",
"Boas Novas" e "Fera Nova". Em 2011 com o apoio do projeto
Parcerias Sinfônicas do SESC RN também foi possível o lançamento de um DVD de
um show-concerto intitulado "Camila Masiso & Orquestra Sinfônica da
UFRN, com participação especial de Diogo Guanabara" realizado no Teatro
Riachuelo, em Natal/RN.
10h00 -12h00: Mesa 1: Mulher é
África
• Noemi Alfieri é licenciada em Línguas e
Literaturas Modernas (Espanhol e Português) pela Universitá degli Studi di
Torino, Itália, concluiu um mestrado em Língua e Literaturas Modernas
(Português) na mesma faculdade. É doutoranda em Estudos Portugueses na FCSH-UNL
e assistente de investigação no CHAM, no grupo Leitura e Formas de Escrita.
Conduz a sua investigação sobre o tema "(Re)Construir a identidade através
do conflito: uma abordagem às Literaturas Africanas em Língua Portuguesa
(1961-74)", financiada pela FCT. Os seus principais interesses de
investigação estão relacionados com a mentalidade censurante em vigor nos anos
da Guerra Colonial/ Guerra de Libertação, com os mecanismos de autocensura, a
compreensão dos fenómenos de elaboração identitária e com a sua manifestação na
produção literária das ex-colónias portuguesas em África.
• Yara Monteiro,
nasceu em Angola, na província do Huambo em 1979. Tem as suas raízes familiares
no Planalto Central de Angola e no Norte de Portugal. Com dois anos de idade,
vem com a mãe e a família materna para Portugal e cresce na Margem Sul.É na
adolescência, que estimulada pela sua professora de Português, começa
ativamente a escrever.Possui uma licenciatura em Recursos Humanos e trabalhou
na área por quinze anos.Em 2015, enquanto vive no Brasil inicia a sua busca de
conexão interior e em 2016 embarca numa viagem xamânica na Amazónia que
transmuta a sua vida.Faz um auto-eject e abandona por completo o mundo
empresarial.É casada, vive no Alentejo, dedica-se à escrita e às artes
plásticas.Já viveu em Londres, Copenhaga, Rio de Janeiro e Atenas.
• Ana Maria Martinho
é professora na Universidade Nova de Lisboa - FCSH e investigadora integrada e
subdiretora do Centro de Investigação CHAM. Coordenadora do Mestrado em
Português como Língua Segunda e Estrangeira. Tem Doutoramento e Agregação em
Estudos Portugueses, Literaturas e Culturas em Língua Portuguesa. As suas áreas
de especialização e pesquisa incluem Literatura Africana, Culturas dos Países
de Língua Portuguesa, Português como Língua não Materna. Docente ou
conferencista convidada em instituições de ensino superior, nomeadamente a
Universidade da Califórnia, Berkeley; Universidade Pedagógica, Maputo; City
University of New York (CUNY) - The Graduate Center; Universidade Agostinho
Neto, Luanda; ISCEDs do Lubango e Huambo; Universidade de Cabo Verde;
Universidade Católica Portuguesa, Sorbonne Nouvelle; Oxford University, entre
outras. Publicou até hoje cerca de 70 títulos, entre obras individuais, coletivas,
artigos científicos e de divulgação geral e faz parte dos Comités editoriais de
quatro revistas académicas, uma nacional e três estrangeiras. Orienta teses de
Mestrado e Doutoramento e projetos de Pós-doutoramento em Portugal e no
estrangeiro.
• Ana Paula Tavares
é autora angolana de renome internacional, nasceu na Huíla em 1952. É
professora universitária, historiadora e poetisa com vasta obra publicada e com
uma fortuna crítica assinalável. Inaugurou o seu trabalho poético com a obra
Ritos de Passagem (Luanda: UEA, 1985 [2ª ed. Lisboa: Caminho, 2007]) e ao
fazê-lo mudou para sempre a configuração do cânone angolano. Publicou também O
Lago da Lua (1999); Dizes-me Coisas Amargas como os Frutos (2001 - Prémio Mário
António de Poesia 2004, da Fundação Calouste Gulbenkian), Ex-Votos (2003) e
Manual para Amantes Desesperados (2006 - Prémio Nacional de Cultura e Artes de
Angola). Publicou ainda A Cabeça de Salomé (crónica, 2004) e Os Olhos do Homem
Que Chorava no Rio, em parceria com Manuel Jorge Marmelo (prosa, 2005). Tem
também publicados estudos sobre História de Angola e está presente em diversas
antologias em Portugal, Brasil, França, Alemanha, Espanha e Suécia.
Almoço livre
14h00 -15h00: Mesa 2
- “Ser mulher é ser, ou melhor, é devir minoria”
• Associação Renovar Mouraria – Projecto WEMIN, Migrant
Women Empowerment and Integration
• Associação de Afro-descendente. (Djass)
• Associação para o desenvolvimento das Mulheres Ciganas
(AMUCIP)
• Ines Olundé artista
multimídia e curadora, historiadora da arte, especializada em Artes Publicas e
Pintura Monumental, pela Academia Real de Ixelles, divide seu tempo entre o
Brasil e a Bélgica, onde chegou como um refugiada política, foi perseguida pela
ditadura para o Brasil, foi exilada no Chile (1973), presa política na
Argentina (1975-1976). Fundadora da Bienal de Artes Brasileiras de Bruxelas, em
2007. Inez Oludé trabalha há mais de 30 anos na promoção da cultura brasileira
na Bélgica e adquiriu muita experiência de campo no contexto de suas atuações
como artista, escritora e as funções de embaixadora Cultural.Com efeito, em
2004, recebeu o título de Embaixadora Voluntário pela embaixada do Brasil. Ela
tem feito muitos projetos em parceria com diversas instituições internacionais
como a UNESCO e atividades com a Secretaria da Cultura de St Gilles, a Casa do
Brasil, situada na embaixada do Brasil, com o Consulado Geral do Brasil, foi
coordenadora cultural da Amece (Assembléia Mundial dos representantes eleitos e
os cidadãos para a água), no Parlamento Europeu. Presidiu juris em vários
museus da Europa, realizou murais em Bruxelas e São Paulo, participou de
edições de livros coletivos e de catálogos de museus através do mundo, é Membro
do CNAP-AIAP - UNESCO e dos grupos Fluxus e Youma Internacional de Mail Art.
Tem ao seu ativo, mais de 200 reportagens em jornais, revistas, radio e
televisões da Africa, Bélgica, e Brasil.
15h30 -16h00: Coffee
Break
16h00 – 17h30: Mesa 3 - “(…) atravessando todo o século XX
e invadindo o século XXI. A mulher continua a inventar seu lugar
• Raquel Serejo
Martins nasceu em Trás-os-Montes em 1974. Licenciada em Economia, com
pósgraduações em Direito Penal Económico e em Direito Administrativo. Em
Vilarandelo aprendeu a andar de bicicleta e teve aulas de piano. Em Valpaços
começou a fumar. Em Coimbra aprendeu a nadar e trabalhou na RUC-Rádio
Universitária de Coimbra. Em Braga começou a praticar yôga e adotou 2 gatos. Em
Guimarães conheceu os companheiros maiores das suas viagens. Em Lisboa começou
com as aulas de sevilhanas e de italiano. Funcionária da Administração
Tributária e Aduaneira, atualmente a desempenhar funções na área criminal
fiscal.Colabora com o blog Clube de Leitores. Integra o Coletivo NAU. Tem em
papel: “ A Solidão dos Inconstantes, romance (2009), Editorial Estampa”;
“Pretérito Perfeito, romance (2013), Editorial Estampa”; “Como se um Peixe um
Poema, conto, Revista Egoísta de Abril 2014”
• Julieta Monginho
nasceu em Lisboa, em 1958. É escritora, magistrada do Ministério Público na
jurisdição de família e crianças e formadora, colaborando com o Centro de
Estudos Judiciários. Em 1996 publicou o primeiro romance, Juízo Perfeito.
Seguiram-se A Paixão Segundo os Infiéis (1998), À Tua Espera (Prémio Máxima de
Literatura, 2000), Dicionário dos Livros Sensíveis (2000), Onde Está J? (2002)
e A Construção da Noite (2005). Em 2008, o seu livro A Terceira Mãe foi
galardoado com o Grande Prémio de Romance e Novela da APE/DGLB.
• Adriana Mayrinck nasceu em Recife, em
1970 e morou 38 anos no Rio de
Janeiro.
Autora, produtora cultural, assessora de imprensa e marketing e agente
literária
fundou em
2008 a empresa In-Finita para divulgação da cultura lusófona. Em 2017, mudou-se
para Lisboa e a In-Finita segmentou suas atividades para a assessoria literária
(promoção de autores, livros e editoras) com várias ferramentas de divulgação,
inclusive antologias, que visa fomentar e divulgar autores nos dois lados do
atlântico, entre Brasil e Portugal, com uma missão: ser acessível e com
excelência na qualidade de produção dos autores. É representante da União
Brasileira de Escritores (UBE – Recife/PE) e do Elos Club (Teresópolis/RJ) em
Lisboa. Em 2018, assumiu a chancela do Mulherio das Letras Portugal. Tem dois
livros publicados.
• Isabel Critina Pires nasceu em 1953. É
psiquiatra em Coimbra. Em 1987 escreveu “Universal Limitada (prémio Caminho de
Ficção Científica), seguido de “A Árvore das Marionetes” (romance) e a “Casa em
Espiral” (contos). Nos últimos anos editou, na col. Caminho da Poesia, os
seguintes títulos: A Roda do Olhar (1993), À Porta de Nárnia (1995), Cobra de
Papel (1997) e “Todas as Cores do Azul (2001).
• Gilda Oswaldo Cruz nasceu no Rio de
Janeiro e iniciou seus estudos de piano aos 9 anos com Wilma Graça. Depois de
estudar com Liddy Chafarelli Mignone, licenciou-se pela Escola de Música da
UFRJ na classe de Arnaldo Estrella. Aos 20 anos ingressou na Escola Superior de
Música de Viena, Áustria, onde estudou com Hans Graf e Bruno Seidhofer.
Formou-se recebendo o título de virtuose. Sua carreira de concertista se faz a
partir da Catalunha, onde vive e trabalha. Tem se apresentado com grande
sucesso por diversas cidades da Europa e ministrado cursos e master classes
tanto na Europa como no Brasil (UNICAMP). Seja em duo com o pianista Arpad Bodo
ou em quarteto com o violoncelista Josep Bassal, o percussionista Martin Hug e
Arpad Bodo, Gilda Oswaldo Cruz vem divulgando com afinco na Europa, a obra de
compositores brasileiros em especial a de Cláudio Santoro. Seu primeiro romance
“Na Sombra do Heroi”, foi publicado em 2010 e em 2017 publicou “Caso do
Amendoim Rouba.
• Rita
Taborda Duarte nasceu em Lisboa, Portugal em 1973. Licenciou-se em Línguas e
Literaturas Modernas − Variante Estudos Portugueses, na Faculdade de Letras da
Universidade de Lisboa, onde concluiu também um mestrado em Teoria da
Literatura, com uma dissertação intitulada Crítica e Representação: Da Aporia
na Crítica de um Texto Poético. Foi assistente estagiária na Faculdade de
Letras da Universidade do Porto e assistente convidada na Universidade da Beira
Interior. Actualmente é professora adjunta convidada na Escola Superior de
Comunicação Social.Fez crítica literária no suplemento literário do Jornal
Público e colabora regularmente com crítica de poesia e ensaio em diversas
publicações da especialidade (Relâmpago, Colóquio–Letras, etc.). É membro,
desde 2010, da Comissão de Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian, publicando
com assiduidade no sítio on line Rol de Livros da mesma instituição. Em 1998,
publicou o seu primeiro livro de poesia, Poética Breve, editado pela Black Sun
Editores, a que se seguiram Na Estranha Casa de um Outro: Esboço de uma Biografia
Poética (Asa, 2006), subsidiado pelo Ministério da Cultura, com uma bolsa de
criação literária e Dos Sentidos das Coisas (Editorial Caminho, 2007), com
co-autoria de André Barata. Está representada em diversas antologias
literárias. Vence, em 2003, o Prémio Branquinho da Fonseca[3], atribuído pela
Fundação Calouste Gulbenkian e pelo semanário Expresso, com o original A
Verdadeira História de Alice, obra destinada à infância, que, entrando em
diálogo com a Alice do outro lado do Espelho, de Lewis Carroll e o
Principezinho, de SaintExupéry, se desenvolve em torno da perplexidade da
criança, face ao uso da língua. Desde essa data, tem publicado com regularidade
livros destinados a crianças e jovens, que se caracterizam pela ironia,
subversão da realidade e uma particular atenção aos jogos de linguagem.
16h30: Encerramento na Esplanada NOVA FCSH
Feira de Livros
• Douda
Correia
•
Cooperativa “Outro Modo”
• Colibri
• Falas
Afrikanas
• Revista
Gerador
I Mulherio das Letras de Portugal
Programação
09 de Março de 2019
14h30 – 15h30: “A arte e a palavra” – Aline Cântia.
• Aline Cântia é narradora
de histórias, pesquisadora da cultura oral, mestre em Estudos Literários e
doutoranda em Educação. Fundadora do Instituto Cultural Abrapalavra, já se
apresentou em diversas partes do Brasil e do mundo. Chicó do Céu é músico,
compositor, pesquisador do universo da canção e da literatura. Também é
fundador do Instituto Cultural Abrapalavra, com quem já viajou o mundo e
recebeu diversos prêmios na área cultural e da educação.
15h30 – 16h30: “Ser Mulher – Projecto
Solidário” – Lídia Moura com a
participação dos autores convidados: José Proença de
Carvalho e Lilia Tavares.
• Lídia Moura, artista plástica e
coordenadora literária, nasceu em 1969 no Porto. Iniciou o
estudo no Artes no Liceu Carolina Michaelis.Como habilitação académica e
conclusão, tem o Curso Superior de Pintura da ESAP - Escola Superior e
Artística do Porto. E o Curso de Design Computorizada
da Escola Artística e profissional Árvore. Formação em atelier de Gravura e Litografia
na Cooperativa Árvore, sob tutela do Mestre Gravador e Artista Belga Dacos,
Guy- Henri Dacos
- intercâmbio artístico com a Académie de Beaux-Arts de Liège.
Coordenadora
e responsável pelo “Ser Mulher” um projecto Voluntário e Solidário que
reúne obras de
vários autores das diversas áreas de expressão artística - literatura, teatro,
artes plásticas e
música, numa homenagem à MULHER, em especial à mulher ONCOLÓGICA,apelando à
PREVENÇÃO desta doença.
16h30 -17h00 - Coffee Break
17h00 – 18h00 “Brasil e Portugal na poesia
contemporânea” - Maria João Cantinho
• Maria João Cantinho é poeta, crítica
literária e ensaísta. É investigadora do Centro de Filosofia da Faculdade de
Letras da Universidade de Lisboa e colaboradora do Collège d'Études Juives da
Universidade da Sorbonne. É professora do Ensino Secundário e foi professora do
IADE (Creative University of Lisbon) entre 2011 e 2016. É colaboradora na
Revista Colóquio-Letras, colaborou com a Revista Relâmpago, Mea Libra, Golpe
d'Asa, PensamentoDiverso, Philosophica, Revista de História das Ideias
(Universidade de Coimbra) e em diversas revistas literárias e académicas e
membro do Conselho Editorial do Caderno do Grupo de Estudos Walter Benjamin
GEWEBE. Desde 2011 que integra Júris literários, nomeadamente dos Prémios de
Poesia, de Ficção e de Ensaio do Pen Clube Português, do Prémio Jacinto Prado
Coelho da APCL, do Prémio Biografia, da APE e do Grande Prémio da Narrativa da
APE. Foi Júri, também do Prémio Oceanos, em 2017. Além da colaboração em
revistas internacionais de literatura e de filosofia (Brasil, França, Itália,
Espanha) oordenou antologias de Poesia para revistas como Lichtungen (Áustria)
e Blanco Móvil (México). Foi directora da Revista Café com Letras e é
actualmente editora da Revista Caliban.
11h00 – 12h30: SARAU POÉTICO IN-FINITA com a apresentação de autoras portuguesas e brasileiras e divulgação de
seus livros.
14h30 – 15h30: As belezas e desafios de se
musicar poemas com Isabella Bretz, compositora e cocriadora do Sonora - Festival Internacional
de Compositoras e convidadas (com momento musical)
• Isabella
Bretz, Belo
Horizonte/Sintra. Participou com dois poemas da antologia “Cem poemas, cem mil
sonhos”, em homenagem à maior manifestação popular contra a ditadura militar no
Brasil. Trabalha atualmente no seu primeiro livro, direcionado a músicos. Já
escreveu outras obras como roteiros de curtas-metragens e letras de dezenas de
músicas, das quais também é compositora.
O Sonora - FestivalInternacional de Compositoras é um festival que surgiu no Brasil em 2016 a
fim de dar visibilidade e legitimar a presença da mulher compositora no cenário
musical, estimulando o seu fortalecimento no âmbito individual por meio da
coletividade. O projeto surgiu da hashtag #mulherescriando, que foi criada pela
musicista Deh Mussulini para romper o imaginário de que existem poucas
compositoras, ou seja, mulheres que criam sua arte.Com grande repercussão,
algumas compositoras espalhadas pelo Brasil conversaram sobre a ideia de fazer
um festival, que hoje intitulamos Sonora: Amorina, Bia Nogueira, Deh Mussulini
e Flávia Ellen (Belo Horizonte), Ana Luisa Barral (Salvador), LaBaq (São
Paulo), Ilessi (Rio de Janeiro) e Isabella Bretz (BH, Lisboa e Dublin). Essas
foram as pessoas que pensaram sua forma e conceito.A partir daí, outras
mulheres foram entrando para a rede e agregando ideias e iniciativas. O
processo de gestão e produção do festival é todo executado por mulheres (cis e
transgênero), de forma colaborativa, a partir da construção de uma rede de
compositoras-produtoras.O Sonora é organizado através de um núcleo de
coordenação geral/mundial (Amorina, Deh Mussulini, Isabella Bretz e Joana
Knobbe) e um núcleo de produção local em cada cidade onde é realizado. Em
Lisboa, Portugal, o Sonora é coordenado pela compositora Isabella Bretz.
15h30 – 17h00 : Lançamento da Antologia
Comemorativa Dia Internacional da Mulher - Mulherio das Letras Portugal POESIA e PROSA
E CONTOS,com a participação de mais de 120 autoras brasileiras e portuguesas.
17:00 – 17:30: Coffee Break - Encerramento
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